terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Caminho de Mãos Abertas

Quando tirei a caneta da tampa, assumi os riscos da exposição. As metáforas mal disfarçam meus sentimentos, minhas dúvidas e minhas ilusões. Hoje escolhi ser transparente, ser Rodolpho. Amarante apenas começa com as quatro letras da palavra essencial. Amarante tem força, mas não tem substância.

Não foi apenas para voltar a escrever que tirei a caneta da tampa, mas para exercitar a coragem. Assim, aos poucos, livro-me do que me protege. Mas quando faço isso, levo comigo as pessoas a quem quero bem. E sinto-me responsável por elas. Devo, então, protegê-las.

Claro que não me refiro somente àquilo que escrevo aqui. Falo da minha vida como um todo, das decisões que tenho tomado, dos caminhos que tenho para escolher. Por enquanto, sigo apenas em frente, tomando o cuidado possível para não ferir aqueles que estão próximos de mim, não me importa se há tempos ou agora.

Se precisarem, darei o mesmo conforto que a tampa dá a caneta. Se quiserem, sigam-me, ainda que eu não saiba bem o destino.

Caminho de mãos abertas. Para sentir o vento e, quem sabe, encontrar as suas.

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