Voltar à França na primavera, desta vez com Alice.
Fazer o legado da minha avó chegar à minha filha. E ter a mesma emoção de ver a Torre Eiffel pela primeira vez; escolher um queijo na vitrine e tantos macarons quantos ela quisesse; encontrar o Quasímodo na cripta e Jean Valjean nos esgotos, apesar do mau cheiro.
Voltar à França e ficar. Pela primeira vez, sozinho.
Deixar mulher e filha no aeroporto de Paris, e seguir num carro vermelho, atrás de falésias, queijos e história. Escolher o caminho dos números para transformá-los em letra: os meus 40, os 100 dela e os 70 do desembarque na Normandia.
Começar pelas falésias de Étretat e sonhar, comendo ostras. Observar as marés; fotografar os arcos, os cascalhos e o lodo.
Continuar pelos museus que não nos deixam esquecer o rastro da intolerância e a bomba atômica; pelas praias e cemitérios militares onde descansam os soldados desconhecidos; pelos diversos castelos de Guilherme, o Conquistador; e pelos queijos em Livarot.
Terminar às margens do Sena, para me reencontrar e retornar à minha casa, antes dos 100.
Em 14 de junho, o centenário, as fotos de viagem, a medalha de Joana D’Arc que comprei em Rouen, muitos beijos dados e recebidos, um bolo e duas palavras: Veuve Cliquot.
Antes dos 40, foi tudo o que consegui fazer.
Fazer o legado da minha avó chegar à minha filha. E ter a mesma emoção de ver a Torre Eiffel pela primeira vez; escolher um queijo na vitrine e tantos macarons quantos ela quisesse; encontrar o Quasímodo na cripta e Jean Valjean nos esgotos, apesar do mau cheiro.
Voltar à França e ficar. Pela primeira vez, sozinho.
Deixar mulher e filha no aeroporto de Paris, e seguir num carro vermelho, atrás de falésias, queijos e história. Escolher o caminho dos números para transformá-los em letra: os meus 40, os 100 dela e os 70 do desembarque na Normandia.
Começar pelas falésias de Étretat e sonhar, comendo ostras. Observar as marés; fotografar os arcos, os cascalhos e o lodo.
Continuar pelos museus que não nos deixam esquecer o rastro da intolerância e a bomba atômica; pelas praias e cemitérios militares onde descansam os soldados desconhecidos; pelos diversos castelos de Guilherme, o Conquistador; e pelos queijos em Livarot.
Terminar às margens do Sena, para me reencontrar e retornar à minha casa, antes dos 100.
Em 14 de junho, o centenário, as fotos de viagem, a medalha de Joana D’Arc que comprei em Rouen, muitos beijos dados e recebidos, um bolo e duas palavras: Veuve Cliquot.
Antes dos 40, foi tudo o que consegui fazer.
Esta sua viagem deve ter sido fantástica, repleta de emoções. Morei em Rouen, cidade natal da minha familia, há quase 60 anos. Quero fazer como você, un pèlerinage entre a minha escola e a casas familiares, mas não só, com as minhas filhas eu meu neto, talvez no ano que vem !
ResponderExcluirBravo, Rodolpho! Você nos leva a uma viagem cheia de emoções. Tantas comemorações em um texto conciso e delicioso.
ResponderExcluirFantásticas! A viagem e sua arte em relatar: continue sempre assim.
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