Um dos raros momentos que temos para colocar alguns desejos em dia é o carnaval. Entrincheirados em casa por causa dos blocos e do calor, este ano acabamos descobrindo que só Netflix pode nos salvar ou, pelo menos, diminuir o enorme atraso. Dentre outros, vi com Nane o lindo filme japonês A Partida, vencedor do Oscar em 2009 e com Alice, A Felicidade não se Compra, de Frank Capra, indicado em... Vamos ao que importa: apesar da temática adulta, do preto e do branco, ela prestou atenção até o fim, entendeu o que bastava.
Voltando ao domingo passado, antes da cerimônia de premiação começar eu me perguntava para quem iria torcer. Afinal, tinha que encontrar alguma motivação para perder algumas horas de sono no início da semana. Apesar de não ligar muito para musicais, pensei em vestir a camisa azul por Jean Valjean e todos os miseráveis franceses. Outra opção eram os bastardos inglórios de Tarantino – vou sempre torcer por eles, mesmo que o nome do filme seja outro. Perdido entre miseráveis e bastardos, cogitei ainda vibrar com um Oscar para Haneke, mas que não fosse o de filme estrangeiro: presente de meu pai, Kon Tiki foi um livro inesquecível que devorei há muitos anos. Para melhor ator, não consegui escolher, embora ache que Denzel Washington precisa ganhar mais alguns para compensar os que perdeu com Hurricane e Malcom X.
No fim das contas, estava mesmo precisando fazer um pouco de coisa nenhuma. Enquanto Alice dormia e Nane trabalhava, eu escrevia abobrinhas na Oscar Conference da minha amiga Aninha no Facebook. Não fossem os amigos (neste caso, as amigas do Bradley, que foram bastante compreensivas com a falta que Scarlett me fez), teria dormido muito antes do fim. O ano precisava recomeçar assim, às duas horas da manhã, sem pretensões. E o blog precisava de um texto mais leve para deixar para trás os momentos tristes e tensos de janeiro.
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