quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Livros Autografados

A caneta saiu da tampa em um saque. O blog era a bolinha e o tênis, a metáfora. Dois anos depois, Amarante ainda joga às terças e quintas, quando a chuva não encharca o saibro. E as bolinhas, que ele rebate na quadra para se livrar do estresse, se multiplicam aqui, em textos que têm frequencia quase semanal. Hoje, como no ano passado, comemoro escrevendo sobre o blog, minhas Leituras e Interconexões. Desta vez, os livros vêm autografados e alimentam ainda mais a minha vontade de teclar para registrar tudo o que Amarante me revela.

O roteiro começa com Sol e Lua embaixo de Chuva, livro de poesias de Alexandre Crof, cujo pai é personagem do texto mais acessado do blog: A Arca celebra o título brasileiro de futebol conquistado pelo Fluminense e faz uma homenagem a esse amigo, companheiro de Maracanã, que nos deixou no início de 2009. No livro que guardo com carinho, o Crof me oferece um pedaço de sua vida e sugere “que troquemos mais experiências literárias”.

As aventuras de Pedro e Marina se tornaram fonte de inspiração para a minha Carta para Alice, texto preferido dos leitores na votação que fiz há um ano. A partir dos textos de Flávio Salles, o Pai Crônico dessas crianças, as histórias da minha filha – começadas antes, com Mania de Peitão – tomaram conta do blog e tiraram de Amarante o título de personagem principal. Em fins de 2009, Flávio me dá força: “Mantenha essa caneta destampada, hein?”

O curso de Autoficção da Estação das Letras, prorrogado até o fim de novembro deste ano, ainda me faz comprar muitos livros. Dois deles ganharam autógrafos na sala de aula e permanecem na minha cabeceira. Marcos Eduardo Neves é aluno, como eu, e biógrafo. Nas primeiras páginas de Nunca Houve um Homem como Heleno, ele me apresenta à “trajetória épica e trágica de um mito” e também agradece pelo carinho. Já o livro das Meninas Inventadas pela professora Ana Letícia Leal é para ser compartilhado em casa: daqui a alguns anos, será a vez da Alice se divertir com “esse papo de menina”.

A Autoficção acabou se tornando crônica aqui no blog e o texto chegou aos Diários Bordados da professora (blogspot também). E é assim que Amarante dá alguns passos fora da tampa.

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