quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Das Aventuras em Paraty

Escrever é uma aventura. Vivemos para contar, muitas vezes sem saber que caminhos escolher, quase sempre sem ter ideia de onde vamos chegar. Uma aventura precisa de gente. Em Paraty, temos 14 adultos, 7 crianças e muitas vontades para coordenar. Então vamos colocar toda essa gente numa pequena escuna e falar de uma segunda-feira de sol e chuva.

Escuna colorida, Paz e Amor. Muita gente branquinha com medo de sol. Alguma criança (a minha) com medo de peixe. Todos curtindo a paisagem, sem espaço (além do mar) para fugir das diferenças. E eu, torcendo para um navio pirata aparecer e tesouros encontrar. Só para contar uma aventura de verdade. Mas, voltando a realidade, vamos mergulhar.

Não se trata de mentira. Alice tem medo de peixe, mas aceita usar o papai de prancha para chegar à praia. Coragem momentânea. Porque os peixes estão lá e, se comem pão, ai de minhas perninhas! Diego é um jedi na água. Para ele, o macarrão laranja é uma speeder bike; o azul, um sabre de luz. O titio é o inimigo. Bad Guy. As crianças se esbaldam e eu chego à conclusão de que preciso de aulas com Mestre Yoda. É muita princesa, muito batom... Mau sapão!

Das praias e das ilhas, as fotos dizem mais que as palavras. Então, vamos voltar e esperar que caia sobre nós a chuva que vemos no horizonte. Água que traz frio, Paraty de volta e decisões equivocadas. Ainda debaixo de chuva, vamos quatro homens buscar quatro carros. Enfrentamos as ruas alagadas do estacionamento ao píer e, mais uma vez, as ruas alagadas no retorno à pousada. Desafiamos os paralelepídedos, que batem com força. Mal vemos os quebra-molas que nos desafiam.
 
Atravessamos o último trecho com água sobre as rodas, acelerando fundo em primeira marcha. E comemoramos, enfim.

Bruno acerta em cheio: a diferença entre os adultos e as crianças não está na intensidade da vibração, mas na expressão do desejo de repetir... “De novo!”.

Pra mim, chega.

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