terça-feira, 29 de março de 2011

Ease on down the Road

A semana deles foi muito atribulada: Bruno trabalhando muito, inclusive no domingo; Marina ensaiando para a peça que aconteceria no sábado; Laurie se desdobrando para dar conta de tudo, inclusive nós. Tivemos menos tempo com eles do que gostaríamos, mas procuramos aproveitar todo o minuto possível. A volta de nossos passeios em San Francisco tinha que coincidir com a chegada das crianças.

Foi assim desde o primeiro dia: do aeroporto para a Best Buy, comprar a câmera, e para a Target, atrás do booster. Quarta-feira ótima, no Academy of Sciences; quinta, com chuva, no Fisherman’s Wharf; e sexta, também com chuva, mas de mensagens nervosas do Brasil por causa da ameaça de tsunami, no Exploratorium, em Chinatown e no passeio muito turista de Cable Car.

Ao contrário deles, para nós, os dias foram tranquilos, de um jeito ótimo para começar as férias que teriam ainda as maratonas intermináveis de estradas e parques de diversão.

E o idioma não foi barreira alguma. Os beads e as artes com colas coloridas eram as brincadeiras que uniam as três crianças. Marina entendia o que Alice dizia e nos brindava com uma leitura à noite, em português com um sotaque maravilhoso. Passava horas fazendo tererê (ou tededê) no cabelo da Alice. Diego não fazia questão de mostrar que entendia o português até perceber o quanto Alice gosta do Darth Vader (e ceder os lençóis do Star Wars) ou lembrar que para quer dizer stop. Esperou o domingo, nosso último dia em Fairfax, para desfilar seus conhecimentos, mostrando que sabia falar papai, momõe e, claro, bumbunzinho!

O programa de sábado era uma das apresentações do Mágico de Oz – uma superprodução da comunidade local. Perto da hora do almoço, um piquenique no gramado ao lado da Playhouse foi a melhor e mais divertida alternativa. Comemos enquanto Marina se preparava e Bruno chegava do trabalho. Por trás da síndrome de Hollywood, havia muitos aspectos interessantes na peça. As crianças não atuavam apenas; trabalhavam em tudo: da iluminação à montagem dos cenários. Eram muitas, mais de cinquenta, o que gerava certa ansiedade pela busca do rostinho da Marina e muita expectativa pela sua participação. Os protagonistas cantavam (mal) sem medo. E isso nos ajudou a entender um pouco a cara de decepção e as reações de alguns aspirantes a American Idol. Mas, que importa, se o Espantalho fazia valer o dia?

Foram quase duas horas de show. No intervalo, Alice e Diego desceram as escadas sozinhos, de mãos dadas, para comprar cookies. Lindo! Na volta, Nane perguntou se alguém tinha falado com ela. Alice não hesitou: sim, aquela moça ali, apontou. E o que ela falou? Não sei, ela falou em inglês. Óbvio... De lá, Marina teve seu esforço recompensado: fomos tomar sorvete de iogurte.

A parte família da viagem terminou com um jantar thai, em casa, no domingo, que teve passeio a Sausalito e mais sorvete (de amêndoas e limão... hummmm). Dali, seguimos viagem na segunda, rumo a Monterey e às bruxas do sul, com a música que ainda toca em nossas cabeças: ease on down... ease on down the roaaaad.

2 comentários:

  1. memórias de viagem é tudo de bom!!!!!
    muito feliz por vcs!!!

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  2. Adorei a rica descricao de tudo, me senti junto a vcs em cada programa que fizeram!

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